Nem só da luta contra a criminalidade e manutenção da ordem é feita a rotina de um PM do Batalhão de Policiamento em Vias Expressas (BPVE). Desde 2013, o tenente Thiago Jauhar, de 26 anos, coordena o bem sucedido Polícia e Alegria, programa que, uma vez por mês, leva crianças e adolescentes com doenças graves, como câncer, para atividades de lazer em unidades da corporação. Mais do que coordenador, Jauhar foi quem idealizou o projeto e o propôs à PM, que encampou a ideia.
A inspiração do jovem policial foi um drama pessoal. Em 2005, quando ainda era adolescente, ele perdeu a mãe, que sofria de lúpus — doença autoimune que pode afetar todos os órgãos, mas que costuma atingir principalmente a pele, articulações, rins e o cérebro. Andréa Cristina Jauhar ficou paraplégica nos últimos dois anos de vida e morreu aos 36. Toda aquela angústia fez com que o futuro policial decidisse que um dia faria um projeto para aplacar o sofrimento alheio.
A chance veio depois de entrar na PM. Com o Polícia e Alegria, crianças e adolescentes atendidas por ONGs são levadas, com seus pais, em carros da corporação, para atividades em quartéis de unidades como Bope e Batalhão de Ações com Cães. No caminho, ainda passam por pontos turísticos como o Cristo Redentor e o Maracanã. Os visitantes também ganham lanche. Hoje, por exemplo, 150 crianças vão passar o dia numa ação recreativa no Batalhão de Choque, no Centro. Entre outras atrações, farão rapel e se divertirão na tirolesa.
Esta semana, Jauhar levou Micael Lucas Avelino, de 3 anos, e Lays Tobias, de 4, ao Regimento de Polícia Montada (RPMont), em Campo Grande. Micael usa uma prótese no olho esquerdo porque tem retinoblastoma, um tumor na retina, descoberto há um ano. Já Lays trata um câncer nos rins desde os 10 meses.
— Poder fazer o bem para alguém não tem preço. A gente não consegue mudar o mundo, não tenho essa pretensão. O que eu quero é, a cada evento, proporcionar alegria a uma criança diferente — disse o tenente.
No batalhão, as crianças se divertiram passeando a cavalo, entre outras atividades. Acostumada a uma rotina pesada — a filha se trata no Instituto Nacional de Câncer (Inca) —, Ana Paula Tobias, mãe de Lays, enxerga a solidariedade do policial como um “oásis no deserto”.
— O projeto veio para mostrar que as crianças não precisam só viver daquele momento de dor e desespero. O Thiago cuida da gente também, das mães. Aproveitamos esses passeios para relaxar — disse Ana Paula, que não esperava tanta atenção vinda de um policial militar.
“NÃO ME ACHO EXEMPLO”
Mãe de Micael, Suellen Cristina Avelino Silva, de 23 anos, trouxe o filho de Lavras, no Sul de Minas, para tratamento no Rio. Antes, lembra ela, o menino tinha medo de polícia. Agora, com a aproximação do tenente Jauhar, isso é passado.
Dono de um coração voluntário, o PM já planeja iniciar um outro projeto, para dar assistência a filhos de PMs mortos ou com alguma doença crônica.
— Não me acho exemplo, me acho diferente. Eu não posso ser exemplo para ninguém. Acho que cada um tem que fazer aquilo de que gosta. Eu gosto de fazer isso. Acho que posso servir como motivação. As demonstrações de afeto e carinho que a criança dá para você são a recompensa — disse o oficial.
A inspiração do jovem policial foi um drama pessoal. Em 2005, quando ainda era adolescente, ele perdeu a mãe, que sofria de lúpus — doença autoimune que pode afetar todos os órgãos, mas que costuma atingir principalmente a pele, articulações, rins e o cérebro. Andréa Cristina Jauhar ficou paraplégica nos últimos dois anos de vida e morreu aos 36. Toda aquela angústia fez com que o futuro policial decidisse que um dia faria um projeto para aplacar o sofrimento alheio.
A chance veio depois de entrar na PM. Com o Polícia e Alegria, crianças e adolescentes atendidas por ONGs são levadas, com seus pais, em carros da corporação, para atividades em quartéis de unidades como Bope e Batalhão de Ações com Cães. No caminho, ainda passam por pontos turísticos como o Cristo Redentor e o Maracanã. Os visitantes também ganham lanche. Hoje, por exemplo, 150 crianças vão passar o dia numa ação recreativa no Batalhão de Choque, no Centro. Entre outras atrações, farão rapel e se divertirão na tirolesa.
Esta semana, Jauhar levou Micael Lucas Avelino, de 3 anos, e Lays Tobias, de 4, ao Regimento de Polícia Montada (RPMont), em Campo Grande. Micael usa uma prótese no olho esquerdo porque tem retinoblastoma, um tumor na retina, descoberto há um ano. Já Lays trata um câncer nos rins desde os 10 meses.
— Poder fazer o bem para alguém não tem preço. A gente não consegue mudar o mundo, não tenho essa pretensão. O que eu quero é, a cada evento, proporcionar alegria a uma criança diferente — disse o tenente.
No batalhão, as crianças se divertiram passeando a cavalo, entre outras atividades. Acostumada a uma rotina pesada — a filha se trata no Instituto Nacional de Câncer (Inca) —, Ana Paula Tobias, mãe de Lays, enxerga a solidariedade do policial como um “oásis no deserto”.
— O projeto veio para mostrar que as crianças não precisam só viver daquele momento de dor e desespero. O Thiago cuida da gente também, das mães. Aproveitamos esses passeios para relaxar — disse Ana Paula, que não esperava tanta atenção vinda de um policial militar.
“NÃO ME ACHO EXEMPLO”
Mãe de Micael, Suellen Cristina Avelino Silva, de 23 anos, trouxe o filho de Lavras, no Sul de Minas, para tratamento no Rio. Antes, lembra ela, o menino tinha medo de polícia. Agora, com a aproximação do tenente Jauhar, isso é passado.
Dono de um coração voluntário, o PM já planeja iniciar um outro projeto, para dar assistência a filhos de PMs mortos ou com alguma doença crônica.
— Não me acho exemplo, me acho diferente. Eu não posso ser exemplo para ninguém. Acho que cada um tem que fazer aquilo de que gosta. Eu gosto de fazer isso. Acho que posso servir como motivação. As demonstrações de afeto e carinho que a criança dá para você são a recompensa — disse o oficial.
Me emocionei com esse texto!!! Pessoas devem enxergar sempre o bem como algo a se executar todos os dias!!! Parabéns ao Tenente e todos os seus colaboradores... Obrigado ao blog por tão valorosa e emocionante materia...
ResponderExcluirVlw Sidenesio
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